15 de abr. de 2009

Caim promete...



Sem mais nem menos

–Caim, larga o braço do seu irmão, minha nossa, outra mordida na mãozinha dele? Coitadinho, já tem várias cicatrizes pelo corpo, não sei sinceramente o que fazer. Se continuar assim vou acabar quebrando as pedrinhas da sua boca, que coisa! “Tenho que estar de olho o tempo todo nesta criatura. Ora dá tapas na cara do irmãozinho, ora está cuspindo nele. Tiro de perto e ele começa a morder minhas pernas, se agarrar nos pelos, este tal de monte de Vênus, eu não sei para que tanto cabelo ali, outro dia quando menos esperava, eu deitada, estava ele a chupar o dedão do meu pé. Antes tinha derramado cinzas da fogueira no meu olho, nossa, como ardeu, elas estavam frias, mas o ardor foi muito grande, parecia brasa me queimando.” –Caim, para com isso... para de lamber esse cocô, isto não é comida, menino, isto é coisa suja, ruim, não sei a quem apelo, vem cá, vamos lavar esta cara suja, ui! “Já preciso de uma babá para estes dois moleques, mas não existe ainda qualquer criatura que sirva, tenho que fazer tudo sozinha, catar frutas, ovos, filhotes de passarinho, obrigar Caim a comer, dar de mamar para o Abel, não deixar que Caim machuque o irmão, não deixar que saia da caverna, está cheio de lobos por aí, tigres e hienas. Tem as cobras venenosas que de vez em quando entram aqui, aí tenho que pegar um pedaço de pau para matá-las, aliás, tenho um ódio mortal por elas, afinal foi uma sem-vergonha destas que me enganou e me fez enganar meu maridão com a história de fazer a gente conhecer, adquirir o conhecimento da tal árvore. Resultado, estamos comendo o pão que o diabo amassou. Será que um dia isto vai melhorar? Ter finais felizes para cada evento? É, não vejo nada no horizonte, nada promissor, tenho que deixar a vida me levar, aliás todos vão seguindo assim pelos dias e luas”. –Caim, acabei de lavar você, estava de cara suja, corpo, tudo enfim! Só não te deixei cheiroso porque não existe sabonete ou cremes. Está você todo cagado de novo desta lama onde seu pai costuma mijar toda noite quando levanta uma ou mais vezes. “E ainda está bem assim porque ele mijava em qualquer lugar, era uma fedentina por todos os lados. Pelo menos consegui botar ordem no pedaço, agora ele faz num lugar só e perto de onde faço os meus xixis. Aliás, eu nem sei mais se Caim se melou na lama mijada do pai ou se da minha, as duas lamas estão remexidas, coisa de porco. Abel vive no colo ou no chão em cima da cama de palhas e também espirra mijo em qualquer lugar, quantos levei na cara! Quantos banhos levei! Palha, quase todo dia tenho que trocar. Se fosse só as dele ainda bem, mas tenho que trocar as dos dois”. –Caim, você está limpinho de novo, vamos dormir para dar um sossego à mamãe, vem, deita aqui, isto, bem comportadinho, escuta: boa noite, meu bem, dorme um sono tranquilo. Boa noite, meu amor, meu filhinho encantador... que esta doce canção venha o sono embalar. “Estou cantando esta suave e acalentadora canção, o ‘Acalanto de Brahms’, porque não sou brasileira, se fosse teria aprendido a cantar uma bobagem assim: boi, boi, boi, boi da cara preta, pega esse menino que tem medo de careta, ou, a canoa virou, e por deixá-la virar, foi culpa do Caim que não soube remar; não, eu não quero de forma alguma contribuir para incutir nada de mal nesta cabecinha, influenciar sua estima para baixo. A antropologia discute naquele país dos brasileiros a razão da baixa estima dos habitantes locais. Acham que tudo lá fora é bom e que tudo lá dentro é ruim; quando algo é bonito, bom ou funciona bem, dizem: nem parece do Brasil. Falam que tudo vem da infância cheia de ameaças, de histórias macabras fazendo a criança sempre vítima, onde o bom perde sempre, a punição é certa e o fracasso é inevitável; eles desconfiam do sucesso e acreditam mais no fracasso. Bem, nada disto quero para meu menino e também, aquele país está tão distante no lá futuro... Como sei que não ficará pequeno toda vida, meu instinto diz-me que crescerá e ficará grande como nós, assim como acontece com os animais. Meu Caim não vai crescer aos trancos e barrancos, ao deus dará, vai receber a educação possível, que Adão e eu possamos dar, sem diplomas de cursos técnicos ou títulos de doutor, será pobre, porém decente, dentro dos cânones atuais. Não quero vê-lo como camelô, vendedor de planos de saúde ou agenciador de empréstimos. Ele tem de crescer com a mente limpa, arejada e sadia para ser um grande homem e orgulho de sua geração. Um homem que elevará o nome de seus pais, só nome, porque ainda não se usa sobrenome. No início será um lavrador como o pai, com ele aprenderá a amansar a terra e produzir alimentos. Depois será um líder que elevará o nome de nossa família aos píncaros da glória, quem sabe um deputado ou senador; por sua mão, Abel terá um caminho reto a seguir. O primogênito vai dar o que falar. Vejo o futuro sorrindo para ele...
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BLOGAGEM COLETIVA - DIA NACIONAL DO LIVRO - QUEM FOI SEU MONTEIRO LOBATO?
Para buscar meu Monteiro Lobato olhei para meu umbigo, e isto com urgência, pois tomei ciência da blogagem hoje, sábado às 12:00hs. Li todos os seus livros há muito. Reminiscente, primeiro ato, entrei no Santo Google; lá descobri em PDF o trabalho interessante e polêmico apresentado abaixo formatado no Word. Extraí-lo, lê-lo e resumi-lo, foi o segundo ato, eis que um tanto longo. Reduzido à metade vale a pena esticar os olhos em cima dele. Nasci no interior fluminense e na minha cidade poucos letrados havia, o padre, o pastor, alguns médicos, dois advogados, professores de ginásio e escolas primárias, dois poetas. Quem era letrado? Os dois últimos que manejavam as letras? Sei não. Sei que ainda no curso primário me vi querendo saber mais que os colegas de aula e me pus a ler as lições do dia seguinte para quando a professora fosse explicar eu pudesse fazer perguntas atinentes. Alguns elogios e o desejo aumentou, e comecei a consultar dicionário para entender as palavras e não comer mosca. Lia algumas a mais na esperança de poder usá-las no futuro. Para muitas o futuro não chegou até hoje. Qualquer belo dia vi uma revista de história em quadrinhos que o dono ma emprestou, levei para casa e comecei a folhear e ler admirando os desenhos. Minha mãe se aproximou, viu, perguntou o que era, pegou-a de minhas mãos e ao ver os heróis, Capitão Marvel, Homem Submarino, Tocha Humana, Super Homem lutando contra bandidos não sei o que deu nela. Deve ter dito que não era leitura para criança, perguntou de quem era, saiu de casa e foi entregar à mãe do colega. Diálogo, lá? Nunca veio a furo. Foi uma furada para mim. Conseguia outras revistas, mas tinha que ler debaixo do piso de laje da casa comercial, atrás de caixotes, com a luz difusa do sol. Em cima da loja um apartamento. Nos fundos passava um rio, na sua margem espetava uma vara de bambu para fingir que pescava enquanto devorava as páginas com os olhos. E quando minha mãe gritava lá de cima por mim respondia que estava pegando minhoca. Ela sossegava e eu, as minhocas também, mas os peixes continuavam desassossegados à cata de comida. Pelo menos lutava para pegar uns três, os azarados do dia e recebia elogios. O dicionário me fornecia explicação para as palavras das revistas. Era magro e minha mãe queria que engordasse. Levava-me ao médico que mandava fazer exames de fezes e com ou sem habitantes nelas receitava lombrigueiro que tomava de madrugada, sob ameaças de chineladas. Tinha um cheiro nauseabundo e provocava náuseas. Algumas tempo depois corria a toda hora para o banheiro, lá depositando com trovoadas a chuva horrorosa provocada; raios saiam da minha boca, todos os xingamentos que tinha aprendido com a molecada. Não encontrava os palavrões no pai dos burros, só as indecentes. Ficava mais tempo do que o necessário lendo história em quadrinhos que escondia debaixo do colchão. Daí para a frente era obrigado a tomar óleo de bacalhau para engordar. Não engordava, minha se desesperava e implicava. Reclamava que tinha vergonha de sair comigo, que era muito magro, as outras crianças davam mais prazer às suas mães. Passei a me esconder, não querer ir a aniversários – tinha que ir- igreja –tinha que ir, casa de parentes- tinha... Passei a ficar caseiro, li todos os livros da minha série do colégio, comecei a pedir emprestados livros da série seguinte; esgotados entendi de frequentar a biblioteca do grupo escolar. Lendo-os em série programada cheguei ao ginásio. Lia e lia. Resolvi ter livros novos, editados mais recentemente. Consegui não sei como comprar meu primeiro título pelo correio, reembolso postal, “Uma Orientação na Ciência”, de vários autores, com várias disciplinas. Americano de origem, traduzido para o português, tornei-me um conhecedor da modernidade cientifica. Não serviu para demonstrar conhecimento em provas ou conversas, todo mundo estava atrasado. Eu tinha onze anos. Passado um ano, comprei um mais pesado, “Você e a Hereditariedade” onde Asram Schienfeld discutia a influência da herança genética e o ambiente para modelar o caráter de cada indivíduo. Ele dizia que onde termina a hereditariedade começa o ambiente. Tive ocasião de travar algumas conversas com professores, mas por “saber de demais” eles tornavam a conversa o mais curta possível. Lido este, endoidei de vez e adquiri Psicologia do Comportamento. Queria entender as pessoas nas suas variadas formas de viver. Passei a compreender o genérico e quando dedicava mais atenção à distância prudente de alguns poucos percebi que poderia antecipar possíveis reações de parentes. Findei a leitura do livro com treze anos.
Dácio Jaegger
Para dizer sobre Monteiro Lobato (2ª parte da blogagem) encontrei um trabalho que aponta seus conflitos e suas contradições sobre “raça”, cor, cultura, ambiente e pobreza, encontradas na obra Geografia de Dona Benta, produzido por: GIARETTA, Liz Andréia, Aluna do Mestrado em Geografia IGCE/UNESP Rio Claro – SP, orientada pelo Professor do Dep. Geografia, ANTONIO FILHO, Fadel David.UNESP Rio Claro – SP. Fiz um texto conciso menos extenuante.
Leia aqui

27 comentários:

Beti Timm disse...

O futuro de Caim, já estava escrito? Ou ele mudará, o que é mais provável. Tenho a leve impressão, que problemas surgirão. Aguardemos com ansiedade, a continuidade dessa "saga familiar". Que venha então o próximo capítulo...

Beijinhos

lula eurico disse...

Hilário!!! Genial! Não vejo a hora de ler o próximo capítulo. Vc está lançando o bloguetim, como era o folhetim, nos áureos tempos, em que não havia rádio ou tv. rsrs Não perco um eposódio desses nem por cem!
Abraçamigo!

Crys disse...

Pois é, Dácio, sua "criação" do mundo, quer dizer do homem, além de bem humorada é bastante reflexivel.
Desde o começo, uma descoberta, uma trapalhada, uma aflição, tão bem explícito no texto.
Desde que o mundo é mundo, a mulher apesar de estar no comando, é explorada, fica stressada, aborrecida, mas o que compensa é o amor, seeeempre maternal.
Falar em exploração, cadê o Adão?? rsrs
Beijo!

Jacinta Dantas disse...

Essa "tua criação" está demais!
E, Eva, esperta mulher, bem sabe que, melhor mesmo, é dar carinho aos pequenos, mostrando-lhes que é possível crescer forte e saudável, sendo humanos na convivência com o outro.
E, falando de auto-estima, Eva também já pode comemorar, afinal, aquele povo lá do futuro Brasil não deve mais ao FMI. Agora, pode até emprestar-lhe dinheiro. Chique demais!
E vamos que vamos. Fico aqui, à espera dos próximos episódios dessa saga.
Beijo padrinho.

Dd ^^ disse...

Será q a história se repetirá?

Pedrinhas na boca é hilário...

Parabéns meu querido...

Volto pra ler a continuação... (ansiosa)

Bjs! ^^

Miguel disse...

Brimo quirido, ucêsta quereno brinca de boeta bibular? Vai fazer o literatura di cordel?
Essa istopria está bra lá de real, sta sureal.
Continua, escrevi mais que eu goista deler.
Balsi brimo...

Shi disse...

tá vendo, né? toda mãe um dia erra no que espera pro seu filho, tsc... rs. mas sabe que tu escreve estas "adaptações" de tal modo bonitinhas, até posso ver o caim falando rapidinho, rapidinho: "papai, eva e adão... papai, evaeadão... papai é viadão!!! enfim! :-D
mas só pra finalizar, me diz aqui, Queridácio querido: se Deus é, SIM, brasileiro, qual é a nacionalidade desse povo que ele fez do cocô e nele deixou ficar? hein??
bjo, bom finde!

Shi disse...

só pra constar: eu sinto mó falta daquele verdão amazônico do chegamais anterior, ó! me sinto órfã! rs
bjo!

Inês Rosa disse...

Passando aqui para deixar um abraço no amigo. (obs: ao mudar o meu layout, perdi teu comentário no post do Paralamas, se quiseres fazer a gentileza de escrever algo novamente, te agradeceria). Até mais!!!

Inês Rosa disse...

Volto aqui Amigo, após ler a mensagem deixada no meu texto "Aniversário do Rosa da Terra", para saberes que é por palavras como estas que me deixastes que estou há sete anos na vida bloggueira. Mas....Dácio, te confesso que a li 3,4,5 vezes ou mais, enxergando através de lágrimas!!! Me emocionei muito!! VALEU!! Abraço grande!!! Fica com DEUS!!!

Anônimo disse...

Eva, assim como todos os pais, não deixou de projetar o futuro dos filhos. Ah, e viu que o papa agora quer que olhemos a bíblia como fatos históricos, mas já não fazíamos isso? Eu, heim? Bom feriado!! Beijus

Jens disse...

O pobre Caim não teve opção. Como Abel era muito bunda mole, restou para ele a missão de dar vida a alguns dos sentimentos mais nobres da raça humana: a cobiça, a inveja e o rancor. Ao desejar os bens do irmão - e inclusive matar para conquistá-los - deu início a uma era de conquista e prosperidade (Daniel Dantas que o diga). Assim caminha a humanidade.
Um abraço.

Soninha disse...

Olá, Dácio!

Percebemos uma certa omissão de Adão, nesta etapa da educação das crianças Caim e Abel.
Notamos Eva sobrecarregada e exausta.
Implicitamente está aí a imagem da mãe moderna que enfrenta dupla jornada de trabalho, exercendo o papel de mãe e pai, muitas vezes.
Mesmo com amor e dedicação com que criamos nossos filhos, na hora das escolhas, são eles quem as farão e, nem sempre, serão as mesmas que aconselharíamos.
Haja vista a atitude de Caim que a história bíblica nos mostrou.
É, Dácio...Sua história, mesmo na satírica versão, acredito que nos mostrará dias cruéis.
Muita paz! Beijosssssssssssss

Jens disse...

Comentário sobre a Blog. Coletiva M. Lobato
Oi Dácio.
Me identifiquei na tua iniciação no mundo das letras através das revistas em quadrinhos de super heróis, com um pequeno porém: a mãe não fazia qualquer restrição à leitura. Ficava até aliviada, pois quando estava lendo não estava fazendo arte na rua.
Quanto ao Monteiro Lobato, o meu ingresso na literatura se deu através das Reinações de Narizinho. Foi então que eu me perdi (ou me achei, sei lá).
Um abraço.

Ester disse...

*Comentário sobre a Blog. Coletiva M. Lobato
**Gostei do seu relato, amigo!
Uma forma peculiar na escrita, didática e lúdica ao mesmo tempo!

Parabéns pelo trabalho e compartilhar um pouco de si!


Um abraço!

fio-de-ariadne disse...

*Comentário sobre a Blog. Coletiva M. Lobato

Dacio, demorei para aparecer , desculpe-me. A organização e divulgação dos links tomou tempo. Muito obrigada por participar e contar sua história.

Abraço

Luciano A. Santos disse...

Olá Dácio,

Gostei muito do seu post, você tem uma forma muito peculiar de escrever que me agradou muito. Me identifiquei com a parte onde você diz que lia o dicionário na esperança de poder usar algumas palavras no futuro, e que, até hoje algumas não foram usadas. Também fiz o mesmo na infância, e até hojhe espero oportunidade de usar a palavra "vezo". Esperemos.

Parabéns pelo post, grande abraço.

Vanessa disse...

* *Comentário sobre a Blog. Coletiva M. Lobato
Oi, já está no Fio a lista com os textos selecionados para a votação que premiará três blogueiros com um livro da Zahar. Conto com você para ajudar nesta tarefa. O link é http://tinyurl.com/dnlozq


Abraço

luzdeluma disse...

***Comentário sobre a Blog. Coletiva M. Lobato
Dácio, o seu Lobato ou melhor a sua tradução de Lobato ficou como sempre, original!! Confesso que não li a segunda parte da postagem :( Estou com a casa cheia neste feriado, volto depois para terminar! Bom feriado! Beijus

Anônimo disse...

Emília (minha super-heroína até hoje), junto a Reco-Reco, Bolão e Azeitona, Visconde de Sabugosa, Mary Marvel, Nioka, Tom Mix, me iniciaram no prazer pela leitura. Nessa época Lobato e gibis eram proibidos pela escola que os considerava deformadores... veja você!

Sugiro a Eva presentear Caim com um gibi dos antigos (há alguns à venda no Mercado Livre). Talvez na vida adulta ele se torne blogueiro e consiga mudar a história... rs.
Dácio, vou indo, pois, já começo a entrar na sua piração...

Beijos, carinho,
AdéliaTheresaCampos

*Renata Gianotto disse...

Tadinha da Eva, Dácio!

Eu já tinha te avisado da última vez que o Adão era uma pamonha, um molenga! Cadê este homem pra colocar ordem na casa?

Sinto certa semelhança com a realidade atual em que vivemos. O "homem da casa", na maioria das vezes, só dá sua colaboração financeira.

Beijo!

Blogando Francês disse...

Passei para conferir mais um capítulo e deixar meu abraço.

Dora disse...

Dácio! Dácio! Faz tempo que estou longe da blogosfera. Férias "forçadas", digamos...Mas, hoje, aqui, descontei o tempo perdido, no prazer de ler você, em todos esses posts até lá embaixo...
Cheguei aqui na reclamação da Eva, cansadíssima a coitada, e com razão, sem babás, sem escolinha maternal, sem creche por perto, etc...E Adão está tão ausente, né?
Muito, muito imaginativa sua digressão sobre esse "Gênesis" particular...rs
Monteiro Lobato foi meu ídolo, também. E os gibis, menos...
Mas, aos 8 anos, eu já estava querendo os "romances de moças", de Leandro Dupré(conhece?..rs).
Beijos saudosos.
Dora
(agora vou lá no Monteiro Lobato).

Miguel S. G. Chammas disse...

Brimo, tem um bresentinio bra ucê lá no meu cantinio de rabiscos.
Vai lá!

Ester disse...

Oie,

Estou passando para pedir um favorzinho, se der para
vc votar no blog Esterança que está na final de um concurso,ficarei muito feliz, o link está no meu blog em minha última postagem,


agradeço de coração!

bj,

Mario disse...

A sua participação está excelente, Dácio.

Ah, já atualizei o link lá em casa.

Abraços!

Zeca disse...

Dácio, velhamigo!

Saudades daqui e da saga da humanidade que você está criando, com fino humor irônico... rs. Esse Caim vai mesmo dar o que falar. Por mais que Eva espere dele grandes coisas ela nem imagina que ele será o precursor dos todo-poderosos que não medirão esforços para conseguirem riqueza e poder.

Eu também fui ávido leitor dos gibis, onde praticamente aprendi a ler. Só que em casa não me proibiam de fazê-lo, embora ainda fossem mal vistos por todos. Mas como também era bom aluno na escola, esse meu "vício" era tolerado. E ganhei, ainda bem novinho, a coleção do Sítio, sendo Monteiro Lobato o primeiro escritor da minha vida!

Grande abraço.